Tarcisio Bruno
Das palavras que não te disse
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12/07/2016 22h49
SAUDADES DO FUTURO

Saudades do futuro


Como era estranho,
sentir saudades do que não viveu.
Sucumbia a solidão de outrora,
com o presente que Deus ainda não lhe deu.

O sentir quase bastava,
a saudade não era vazia,
pois mesmo distante fisicamente, 
o amor já lhe preenchia.

Era pura e gratuita a magia,
sem espera de reservas ou domínio,
o quase nada lhe sendo tudo,
mesmo não sendo tudo que queria.

Sobrevivia à esperança,
não poderia desistir,
pois não era decisão sua,
necessitava se permitir.

A permissão em silêncio,
era o que lhe restava.
Seus gritos internos,
a ela não incomodava.

Em sua loucura,
deliciosamente insana,
a sobriedade embriagava,
com o malte de quem ama.

O encontro aparentemente casual,
não podia ser dádiva sem sentido.
Não existe equívoco em Deus,
muito menos em seu desígnio.

Só era preciso compreender,
seja na alegria ou na dor,
que os dogmas são humanos, 
E que de Deus só o amor.

Publicado por Tarcisio Bruno
em 12/07/2016 às 22h49
 
17/02/2016 00h24
A VOZ, O SILÊNCIO, A LÁGRIMA E O SORRISO.

A voz, o silêncio, a lágrima e o sorriso.

- Tarcisio Bruno –

 

Quando o poeta com o coração feliz fala.

As rimas se eternizam em cada segundo.

Pois com a poesia a alma resta enfeitiçada.

No encanto do melhor sentimento do mundo.

 

Às vezes o poeta triste silencia.

E cada segundo sem amor parece uma eternidade.

Tempo que não falta versos e nem magia.

Para demonstrar a tristeza e infelicidade.

 

Em outro momento o poeta consegue sorrir.

Ao fazer o sentimento em letras tocar.

A alma de outrem que tenta conseguir.

No sentimento do escritor se acalmar.

 

Porém o poeta também precisa chorar.

Em palavras e virtudes que viram defeito.

No som mudo que faz o olho falar.

Com as lágrimas duras que apertam o peito.

 

E com o catálogo de sentimentos ele seguiu.

Não sabendo de forma exata onde vai chegar.

Pois não sabe dizer se amou o amor que não sentiu.

Ou se sentiu o amor que não soube amar.

 

 

 

Publicado por Tarcisio Bruno
em 17/02/2016 às 00h24
Do vinho das lágrimas vem a sobriedade do riso
 
A despeito da dor,
à parte de toda tristeza
rasgada no peito,
as lágrimas insistem em sorrir...
Como uma ópera grega
em ode lírica da vida
que canta alegre a alma,
e por isso uma catarse que não corrompe.
De ausência em ausência
vou construindo quase sem forças,
a lembrança de um esquecimento
que ainda inexiste.
E se já o coração alheio
não o sinto,
perco a minha presença.
E o que me faz falta,
ontem não lembrei,
para hoje esquecer
e não ser sequer saudade,
pois o esquecimento é a luz
que a lembrança revela na escuridão do amanhã.
E só bebendo o vinho das lágrimas
É que se encontra a sobriedade do riso.