A punição e o indulto do fugidio
Hoje se entrega à clemência,
que perfeito se revela em remição,
exato como deve ser a indulgência,
mesmo não sendo perdão.
Seu coração em omissão,
feriu quase sem agir,
melindrou em emoção,
mesmo sem se permitir.
Tenta avocar a dor,
que a outros fez chegar,
não precisando provar amor,
mesmo sabendo amar.
Na dosimetria que se instala,
o sentimento não é atenuante,
na sentença que cala,
a sinceridade é agravante.
No delito sagrado posto,
em Deus busca sentido,
pois mesmo parecendo morto,
ainda está vivo.
Indelével a fé que possui,
na esperança e redescobrimento,
pois de seu peito flui,
um verdadeiro renascimento.
A pena que hoje faz pagar,
em silêncio suporta,
pois o indulto há de chegar,
batendo à sua porta.
Da primariedade quebrada,
o erro não é de pessoa,
se a causa foi involuntária,
a sentença foi à toa.
Dos erros (?) que são só seus,
talvez caiba lamento,
mas apenas de Deus,
espera o verdadeiro julgamento!
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 09/02/2016
Alterado em 12/07/2016