Mother
Faz tanto tempo que você partiu,
e mesmo quando presente não conseguia te encontrar,
não aceitando os erros de quem me pariu,
na fragilidade de quem não sabia perdoar.
Os erros até então não compreendidos teus,
me travava o desiderato de te achar,
apresentando o erro maior que se tornou meu,
negando-me o direito de amar.
Se por imperfeição o abraço neguei,
na dor que traz a evolução necessária aprendi,
e o que não foi ontem eu sei,
que em outro plano há de vir.
Porque em momento de despedida último,
onde as flores te preenchiam todo o canto,
pude dizer com o beijo na boca em sepulcro,
a intensidade do “eu te amo”.
Declaração rara em minha vida,
mas só em sinceridade falada,
pena que só dita em despedida,
mesmo que não acreditada.
Mas a consciência resta tranquila,
porque ontem o arrependimento foi eficaz,
e se no presente for dita,
e porque no futuro requer mais!
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 10/02/2016
Alterado em 13/07/2016