Tarcisio Bruno
Das palavras que não te disse
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Muito além de mim.


Preciso compreender o tempo que me descerra.
Na busca incessante do gáudio em instante.
Indo além do desejo em quimera.
Mas aquém do regozijo infante.

Preciso perceber o horizonte que se apresenta crepúsculo.
Entendendo que o passado não é vidente.
Dele sendo eu apenas discípulo.
Na cátedra que exige o presente.

Preciso inebriar-me em tola serenidade algoz.
Deixando morrer a insanidade que se faz pungente.
Mas a razão cáustica é deveras atroz.
Será a loucura então beneficente?

Preciso e não preciso entender.
Nem sempre resta êxtase a percepção.
Ao desconhecido as vezes temos que ceder.
No singelo aprendizado em pulsação.

Não preciso e preciso esclarecer.
As dúvidas que me trazem as respostas.
Pois além de mim existe um viver.
Que independe de mentiras ou verdades postas.

Decido então que não preciso.
Porque precisar é uma dúvida sem fim.
E é necessário que compraz o sorriso.
Que vai muito além de mim.

Decido então que muito preciso.
Porque precisar é querer enfim.
E é da lágrima que por vezes necessito.
Que vai muito além de mim.

E no mundo de minha certeza em ceticismo.
A dúvida é macia como cetim.
Que permanecerá sem abolicionismo.
Porque vai muito além de mim!


 
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 11/02/2016
Alterado em 13/07/2016
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