O PERDÃO, A ESPADA E O ESCUDO.
Todo conflito se inicia em derrota para dois.
Com palavras vorazes que machucam o íntimo.
E não existe vencedor, pois,
Quem sai “ganhando” também sai “vencido”.
No despejo atroz de frases em faca cega.
Corta-se na carne, poda-se em vaidade.
E a razão então é o que se nega.
Por vezes fazendo mentira verdade.
Se o coração não abranda soco ingrato.
O revide vil de egoísmo encontra aporte.
Tornando a dor vício em desiderato.
E destruindo a virtude por morte.
A face atingida não esquece.
E a outra então fica recolhida.
E no escarro verbal que é bofete.
Face e mão acabam destruídas.
E quão desigual é esta luta insensata.
Onde o verbo vira algoz substantivo.
Destruindo a compaixão de forma exata.
Donde só o ódio resta vivo.
As feridas não acabam sanadas.
Enquanto o rancor não desencarna em doação.
Pois só estarão devidamente cicatrizadas.
Quando assepsiadas na magia do perdão.
O perdão é desejo permitido.
E quem oferece alcança evolução de espírito.
Sendo no coração realmente concedido.
E a cátedra de amor vivido.
Não importa se você tem a forte espada.
Ou se carrega o pesado escudo.
Quem recebe é uma pessoa amada.
E quem doa... Amor puro.
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 28/02/2016
Alterado em 16/07/2016