O amor não sucumbe
Desejei sentir a ausência do tempo naquele instante
Onde mesmo com frases involuntariamente ocultadas
O olhar triste disse tudo como faca cortante
Para falar-te mudo o que não pude com palavras
Ao expressar-me certamente tropeçaria em frases
Perdido em medo, sufocado em lágrimas
O choro revelaria um vendaval de verdades
Uma procela conhecida mas não acreditada
O tempo não é imperador Adriano para fazer sepultar
Toda a dor do amor no coração aberto
E como Constantino faço o templo ressuscitar
O que não pode ser sepulcro, nem deserto
Espero que a vida te seja virtude
E as veredas, algo que enobrece
Sendo baldia qualquer vicissitude
Protegida na voz silenciosa desta prece
No esconderijo de cada rima ofertada
O desconhecido amigo pede a Deus
Que a poesia te seja enamorada
E faça meus olhos encontrarem os teus
Nesse encontro em sublime dádiva
As almas irão se tocar com afeição
Pois cônscias que a verdadeira mágica
É pensar no outro com o coração
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 12/03/2016
Alterado em 26/01/2018