OUTRO CORAÇÃO
É tão estranha a verdade quando fica.
No caminho estreito da saudade em palavra.
Ditando a chegada que é despedida
Às vezes conseguida, mas não alcançada.
E o olhar é tudo ou quase nada.
Fazendo berço e morte um triste sonho.
Que acorda na alegria desejada.
Mas volta a dormir na lágrima que suponho.
E o que é mais humano senão o afeto?
Que ao lado do sorriso acalma.
E mesmo quando longe faz demasiado perto.
Porque lembrada em desejo d’alma.
Tão próximo o que é deveras distante.
Que decerto a palavra é só ilusão.
E se ao próprio peito se nega tal instante.
Que então se viva por outro coração...
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 22/03/2016
Alterado em 13/06/2017