Amar é viajar “além do tempo”.
Amar é desbravar estradas.
Dantes não conhecidas integralmente.
E mesmo que já vista em viagens passadas.
É viajar novamente por caminho diferente.
Redescobrir é se reinventar.
Fazendo novo o que parecia antiquado.
Entendendo que o ato de amar.
Não cessa e é crime continuado.
E a pena doce que vira destino.
É a algema que se compreende em glosa.
Fazendo do homem eterno menino.
Em panaceia bem deliciosa.
A vida mostra a dosimetria.
Onde o beijo é maravilhoso atenuante.
O gozo pura magia.
No verdadeiro abraço amante.
E a felicidade que compraz.
Apagará tua lágrima insistente.
Enxugando-as no gosto do quero mais.
Fazendo d’alma algo sorridente.
Porque se a visão for tardia.
Restará inócua a boba percepção.
Fazendo da cama casa vazia.
O desejo baldio... desabitado de sedução.
Por isso vem e fortemente me abraça.
Com toda raça de teu tesão.
Que te mostrarei que não é farsa.
O amor que cultivastes neste frágil coração.
É frágil por ser menino inocente.
E forte, por ser passional.
Revelando-se sempre tão quente.
Para derreter o gelo que te faz mal.
Então para esta nova viagem.
Ofereço a opção de se reencontrar.
Onde me despirei todo em coragem.
E tu perderás o medo para de novo amar.
A estrada não será sinuosa nem tensa.
Porque pavimentada com a mais bela cor.
E ao contrário do que pensas.
Não tenhas medo, o destino é o amor.
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 06/07/2016