" É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. "
- Renato Russo -
É preciso amar ao próximo e não odiar seus amores.
Vez por outra alguém me pergunta se sou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Confesso que a pergunta sequer me faz sentido. Entendo que numa relação de duas pessoas, somente a estas é permitido decidir ou não pelo enlace. Qualquer intervenção fora deste contexto é descabida. Obviamente que é mister observância aos preceitos legais, no que diz respeito à puberdade e à capacidade de discernimento, mais isto vale para todas as uniões.
Triste ver como as pessoas se sentem agredidas “moralmente” com o relacionamento de outros, como se o amor alheio fosse desmerecer sua própria alcova. Camas onde a “moral” na intimidade perde muito dos seus pudores públicos.
Alguém já se perguntou por que existem quase três centenas de espécies de animais que praticam a homossexualidade, mas só a raça humana desenvolveu e pratica a homofobia?
Este preconceito démodé tem prazo de validade. E não me venham dizer que é pecado, pois se o for, é um assunto entre eles (as) e Deus, jamais com o preconceituoso.
É preciso compreender que o sentimento é abstrato, não possui uma conotação física definida, não obstante ser neste aspecto onde ele encontra sua maior explosão. O amor possui diversas formas, mas ele sempre será amor.
Quando o coração está amando ele não bate à toa, e neste compasso ele encontra a perfeição do ritmo, não se queda ao descompasso do ódio gratuito.
Deixem, pois, as pessoas se amarem, cada um cuidando de sua própria intimidade e cama.
Aí o cara vem e diz: “mas eles vão querer adotar”, “dois iguais não podem ter filhos”. Verdade, mas será que dois iguais não podem dar família a alguém que teve amor negado por dois diferentes?
OU É PREFERÍVEL A ORFANDADE DO AMOR?