Ver-te indo de costas
Fechando atrás a porta que nunca foi aberta
É o encontro casual que insiste em ser dádiva
Parece que o sentimento que excede
Na saudade que transborda
Faz correr à revelia
A derrota por um respeito que extravasa
Uma parte pede e cobra silêncio
Outra grita sem voz
Metade do coração é amor
A outra paixão
Metade da alma chora, metade sorri
A saudade nunca sacia
Porque os olhos mesmo fechados
Enxergam a mesma utopia
Que belamente principia
O desejo de ser feliz
Mas o que vai não parte quando fica
O que permanece sem nunca ter chegado
E se a chegada é sempre despedida
Que seja partida com toda minha lágrima.
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 05/08/2016
Alterado em 05/08/2016