SERÁ AMOR O QUE HÁ DE VIR
Do amor maltrapilho
Restou apenas uma roupa de tristes lembranças
Que não lhe vestem mais
Um abraço que sufocou
Uma fotografia que o tempo apagou no museu dos mortos
Casaco que apertou e não aqueceu
Alameda de saudades que se perdeu
Por levar a lugar nenhum
Sobraram exéquias e esquecimento
Exatos como uma lágrima que queima
O passado não muda... Mas é possível esquecer
E se ontem é uma tempestade que passa
O amanhã é o sol que está por vir
Porque se não foi amor aquilo que maltratava
Será amor o que há de vir